A Identificação de interações medicamentosas em uma Unidade de Terapia Intensiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51723/hrj.v6i31.1111

Palavras-chave:

Polimedicamentos, Cuidados críticos, Eventos adversos, Unidades de Terapia Intensiva

Resumo

Objetivo: investigar a ocorrência de Interações Medicamentosas em pacien-tes de uma Unidade de Terapia Intensiva adulto de um hospital público do Distrito Federal. Método: estudo retrospectivo e quantitativo, conduzido com base na análise de 46 prontuários de pacientes internados entre julho de 2018 e fevereiro de 2019. Foram examinadas 632 prescrições médicas utilizando o softwareIBM Micromedex Drug Interactions®, classificando as interações segundo sua gravidade, tempo de início, nível de evidência e mecanismo de ação. A análise estatística foi realizada utilizando teste t de Student, regressão linear múltipla, ANOVA e correlação de Pearson. Resultados: identificou-se que 80,4% das prescrições apresentaram ao menos uma interação medicamentosa. As combinações mais frequentes foram Enoxaparina x Dipirona (43%), Dipirona x Furosemida (42%) e Fentanila x Midazolam (25%). A maioria das interações foi classificada como de alta gravidade, exigindo acompanhamento clínico. Os resultados estatísticos apontaram relação significativa entre o número de comorbidades e a quantidade de interações medicamentosas. Conclusão: a alta incidência de interações me-dicamentosas em pacientes críticos evidencia a necessidade de maior controle na prescrição e administração de fármacos. O estudo ressalta a importância do enfermeiro na identificação precoce dessas interações, promovendo um cuidado mais seguro e baseado em evidências.

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Arquivos adicionais

Publicado

2025-08-30

Como Citar

Ronaldo Carneiro Ferreira Júnior, Moisés Wesley de Macedo Pereira, Silvana Schwerz Funghetto, Rodrigues dos Santos, N. M., Daniel Erikson Oliveira Santos, & Milena Alves Dantas. (2025). A Identificação de interações medicamentosas em uma Unidade de Terapia Intensiva. Health Residencies Journal, 6(31). https://doi.org/10.51723/hrj.v6i31.1111