Implementação da Equipe de Gerenciamento de Casos para a Transferência do Cuidado na RUE no DF: Relato de experiência exitosa em processos de gestão
DOI:
https://doi.org/10.51723/hrj.v6i29.624Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Gestão em Saúde, Inovação Organizacional, Integração dos Serviços de Saúde, Sistema Único de SaúdeResumo
Introdução: A integração entre diferentes serviços de saúde para continuidade da atenção tem sido um desafio para a constituição das redes de atenção à saúde. A transferência ou compartilhamento de cuidados de pacientes em situação de urgência e emergência da APS para as portas fixas de urgência é um ponto de grande tensão assistencial e para a gestão de rede. Dado o contexto da segunda onda da pandemia por COVID-19, tendo em vista experiência pioneira na região Sudoeste, foi proposta a criação de novas “equipes de gerenciamento de casos" (EGC) para apoiar as transferências do cuidado de pacientes da Atenção Primária à Saúde (APS) para as portas fixas de urgência e emergência da RUE. Objetivos: Descrever a experiência e os primeiros resultados da criação das Equipes de Gerenciamentos de Casos nas regiões de saúde do DF. Método: Relato de experiência da implementação de dispositivo de apoio à transferência de pacientes na rede de urgências e emergências, a partir dos dados apresentados em relatórios técnicos das EGC e registros de reuniões entre gestores regionais e centrais da APS. Resultados: A implementação das EGC produziu diferentes resultados que contribuíram para identificação e dimensionamento de problemas assistenciais e de gestão e um impacto imediato na segurança do paciente e garantia do acesso, entres os principais problemas identificados: regulação parcial das urgências, ausência de regulação do transporte sanitário, déficit de transporte sanitário com pacientes transferidos por meios próprios, iniquidades na estrutura de transporte sanitário e serviços da RUE entre as regiões, pronto-socorros dos hospitais regionais (e não UPAs) como principal retaguarda, restrição de acesso e retaguarda para a APS devido a "bandeiras" nos serviços; Melhoria da comunicação e integração entre APS, hospitais e UPA; Repactuação dos fluxos de encaminhamento e apoio diagnóstico na região; Sucesso com a intermediação das remoções, pontes entre APS e hospitais de referência; Notificação de eventos adversos na transferência de cuidados; Apoio da Superintendências às EGC com função ampliada, equipe dedicada, transporte e integração entre todos os níveis de atenção. Conclusões: Após cerca de 6 meses de funcionamento das EGC, foi possível fazer diagnósticos situacionais dinâmicos que subsidiaram a tomada de decisões a nível de gestão local e central, em prol da melhoria da RUE em todo o DF. Esta experiência foi considerada exitosa no âmbito da gestão da APS, uma vez que vem demonstrando ser um potente serviço de integração entre pontos da rede e geração de informações para melhoria contínua da RUE. Espera-se ainda avançar no aperfeiçoamento destas equipes, agregando funções tais como segunda opinião formativa através de teleconsultoria de casos de urgência e emergência para APS, vigilância de eventos adversos de casos transferidos e promoção da segurança do paciente.
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