O bacharelado interdisciplinar em saúde na formação médica: um olhar para a gestão em saúde
DOI:
https://doi.org/10.51723/hrj.v6i29.626Palavras-chave:
formação profissional em saúde, gestão em saúde, práticas interdisciplinaresResumo
Introdução: O modelo de ciclos adotado por universidades brasileiras, seguindo uma tendência internacional de adequação do currículo médico, tem modificado a forma como a graduação é pensada. Na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) esse modelo permite uma reflexão sobre o perfil atual de egressos do curso de medicina, profissionais com pouco conhecimento sobre o SUS, baixa capacidade de trabalho em equipe e desinformação sobre gestão em saúde. Objetivo: Relatar a experiência da graduação em Bacharelado Interdisciplinar em Saúde (BIS) e formação em ciclos na capacitação para a gestão da atenção à saúde. Métodos: Trata-se de um relato de experiência, com abordagem qualitativa, sobre a vivência da graduação na UFSB. O BIS é o primeiro ciclo da formação em medicina, caracteriza-se por uma graduação plena em si. Organiza-se em três eixos de formação: Eixo Biológico-Ético-Político-Humanístico (EBEPH), Eixo Científico (EC) e Eixo Prático (EP). Para progressão para medicina, é necessário cumprir a AC-SEC que se organiza em dois blocos temáticos: Bases Bioecológicas da Saúde e Propedêutica dos Problemas de Saúde. Como requisito para o curso de medicina, adota-se o conceito de Área de Concentração, que organiza-se como trajetórias de formação em campos inter-transdisciplinares de conhecimento, saberes e prática. Resultados: A graduação em medicina da UFSB nos fez refletir sobre os modos de cuidar e gerir de forma não dualista, transformando-nos em sujeitos ativos, capazes de pensar, planejar e operacionalizar as práticas de saúde em nosso território de atuação. Isso se percebe no desenvolvimento de autonomia em realizar ações de educação em saúde, bem como na ocupação de cargos de representatividade nas esferas municipal e estadual, como delegadas nas Conferência Municipal e Estadual de Saúde. Esse é o grande diferencial da formação em ciclos: a capacitação de agentes ativos de transformação e engajados política e socialmente. Conclusão: A formação interdisciplinar com enfoque organizacional colabora para uma atuação interprofissional, possibilitando impactos positivos em relação à qualidade da assistência à saúde prestada.
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