Construção de um painel da Dengue para a Vigilância Epidemiológica

Resumo

Introdução: O Distrito Federal, em 2020, passou por uma epidemia de dengue com mais de 60 mil casos suspeitos em todo o território, sendo que mais de 15 mil foram apenas na Região de Saúde Sudoeste (SRSSO). Dessa forma, transformar dados em conhecimento é fundamental para que a tomada de decisão seja rápida e precisa. No entanto, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunização (NVEPI) é um setor com um grande volume de dados e possui uma gama de possibilidades para o uso dessas informações. Além disso, existem limitações na publicização de informações epidemiológicas e percebe-se a necessidade da introdução de novas ferramentas para otimização da divulgação de dados e do planejamento de ações de combate a Dengue. Objetivo: Propor um painel com dados da dengue para a vigilância epidemiológica de uma região de saúde do Distrito Federal. Método: O desenvolvimento do painel ocorreu no em 2020, no período de setembro a fevereiro, no NVEPI da Diretoria da Atenção Primária à Saúde na Região de Saúde Sudoeste do Distrito Federal. A região de saúde é composta por 5 regiões administrativas e estima-se uma população de 829 mil pessoas. Como fonte de dados, foi utilizado o Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Para organização do banco de dados e criação do painel foram utilizados os softwares da Microsoft Excel e Power BI, respectivamente. Resultados: No ano de 2020, foram contabilizados 15.757 casos suspeitos de dengue na região de saúde sudoeste. O painel elaborado foi composto por informações sobre os casos suspeitos de dengue por mês, por região administrativa e por Unidade Básica de Saúde. O painel foi composto por visuais que compilavam o número de casos suspeitos, faixa etária, sexo e classificação do SINAN. Além disso, foi construído um manual sobre a gestão da informação na Vigilância em Saúde e Procedimento Operacional Padrão para a extração, manipulação e atualização do painel. Todos os materiais foram disponibilizados para os servidores do setor. Conclusão: A utilização de ferramentas digitais na vigilância epidemiológica mostra-se como uma grande aliada devido ao grande volume de dados a serem manipulados e a necessidade da rápida divulgação de informações. Contudo, para manutenção de tais práticas é fundamental a reorganização dos processos de trabalho.