Manejo do comportamento suicida de crianças e adolescentes: percepção dos profissionais da saúde mental infantojuvenil de um CAPSi do Distrito Federal
DOI:
https://doi.org/10.51723/hrj.v5i24.887Palavras-chave:
Palavras-chave: Adolescente, Comportamento, Criança, Percepção, Pessoal de Saúde.Resumo
Introdução: crianças e adolescentes podem apresentar um ou diversos comportamentos suicidas e expressá-los de formas diferentes: intenção suicida, pensamento de morte, ideação suicida, plano suicida, tentativa de suicídio, autolesão sem ideação suicida, suicídio oculto ou sobrevivente do suicídio. É importante compreender as dimensões que envolvem o comportamento suicida entre o público infantojuvenil, para que se possa avaliar o risco e elaborar um plano de cuidado adequado. Objetivo: conhecer a percepção dos profissionais de saúde mental de um Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSi), em uma região do Distrito Federal (DF), sobre o manejo do comportamento suicida de crianças e de adolescentes acompanhados neste serviço. Metodologia: entrevista qualitativa, estruturada com profissionais de saúde sobre manejo do comportamento suicida de crianças e adolescentes. Resultados: os profissionais de saúde participantes relatam oferecer acolhimento, escuta qualificada e não se sentem capacitados para manejar o comportamento suicida em criança/adolescente. Apontaram como causas do comportamento suicida: disfunção familiar, rede de apoio fragilizada, sentimento de solidão, rejeição e impotência, sintomas ansiosos desencadeados pelas mídias sociais, baixa tolerância à frustração, não aceitação da orientação sexual, bullying na escola e outras violências. Constataram que a pandemia impactou nos atendimentos e o isolamento social afetou de forma importante a saúde mental. Consideraram importante o acompanhamento multidisciplinar e identificaram como fatores de risco para o comportamento suicida: violências, violação de direitos e vulnerabilidades; isolamento, autolesão e alteração do comportamento. Conclusão: espera-se que esse estudo contribua com a visibilidade da temática e incentive os treinamentos, cursos e discussões sobre o assunto, a fim de aprimorar a assistência prestada ao público infantojuvenil.
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