Análise dos dados epidemiológicos das internações por Insuficiência Cardíaca no Brasil nos anos de 2020 a 2022
DOI:
https://doi.org/10.51723/hrj.v5i22.986Palavras-chave:
Insuficiência Cardíaca, Epidemiologia, Internação Hospitalar, BrasilResumo
Introdução: a Insuficiência Cardíaca (IC) é definida como uma síndrome clínica na qual o coração é incapaz de bombear sangue para atender às necessidades metabólicas tissulares. A doença possui alta prevalência mundial e elevada morbimortalidade. O perfil clínico dos pacientes é de idosos com comorbidades. Os elevados números de internação e mortalidade intra-hospitalar são principalmente devido à má adesão terapêutica. Objetivo: avaliar o perfil epidemiológico das internações por Insuficiência Cardíaca no Brasil no triênio 2020-2022. Método: estudo retrospectivo realizado a partir da coleta dos dados do SIH/SUS sobre Insuficiência Cardíaca no período de 2020-2022, disponíveis no Tabnet/DATASUS. Resultado: no período avaliado, ocorreram 534.934 internações por IC no Brasil, desses, 94,42% dos atendimentos foram em caráter de urgência e 5,58% eletivo. A região Sudeste concentrou o maior número de casos (43,17%), maior custo com atendimentos (cerca de R$ 165 milhões/ano) e maior prevalência de óbitos (47,62%). Sobre as características epidemiológicas, 52,22% dos casos eram do sexo masculino e 26,42% eram idosos de 70-79 anos. Conclusão: concluímos que medidas de saúde pública focadas na população com IC ainda estão muito aquém do ideal, mesmo em uma região com maiores recursos financeiros (Sudeste). Por isso, é importante estabelecer ações que melhorem o acesso dos indivíduos portadores de IC ao sistema de saúde de forma eletiva, aumentando a sobrevida desses pacientes.
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