Gestão compartilhada e educação permanente em UTI: caminhos para maior qualidade e melhores desfechos? como implementar em cenários de recursos limitados?
DOI:
https://doi.org/10.51723/hrj.v6i28.1145Palavras-chave:
Educação Continuada e Educação em Saúde, Gestão em saúde, Unidades de terapia intensivaResumo
A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) publicou recentemente o Censo AMIB 2024, onde temos uma excelente descrição do perfil dos profissionais e serviços de saúde no Brasil em terapia intensiva ao longo da última década (2014 a 2024). O cenário atual traz desafios complexos para os gestores de unidades de terapia intensiva localizados nas regiões Norte e Nordeste do Brasil diante da evidente concentração de leitos e de profissionais especializados nas regiões Sul e Sudeste. Em cenários de recursos humanos, tecnológicos e materiais limitados, um questionamento frequente que os gestores de UTI tem feito é: “qual a influência que o perfil de profissionais atuando em terapia intensiva pode ter em desfechos de pacientes críticos e quais estratégias de gestão podem ser usadas para conseguir bons resultados a despeito das limitações? O processo de implementação de ferramentas que possam modificar desfechos em cenários de recursos limitados perpassam portanto em estratégias de gestão coparticipativa, onde o colaborador ganha motivação ao ter voz no direcionamento das ações definidas pela alta gestão, sendo contemplados e valorizados em suas demandas e também por implementação de programas de educação permanente.
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