Epidemiologia das fraturas de fêmur decorrentes dos acidentes na população idosa

Resumo

Introdução: Estudos descrevem uma maior preocupação e crescente incidência das doenças relacionadas à população idosa, destacando-se as fraturas de fêmur que emergem como um dos principais problemas de saúde associada ao envelhecimento da população, responsável por elevadas taxas de morbimortalidade e pelo comprometimento da qualidade de vida. Objetivo: Descrever as principais características epidemiológicas das fraturas do fêmur em indivíduos com 60 anos ou mais residentes da cidade de São Paulo, que sofreram acidentes e que foram atendidos no sistema público de saúde brasileiro. Métodos: Tratou-se de um estudo transversal, de abordagem descritiva dos acidentes ocorridos na cidade de São Paulo, com a população idosa. Foram analisados dados secundários obtidos do Sistema de Informações Violência e Acidentes do SUS (SIVVA) da secretaria municipal de saúde da cidade de São Paulo, tendo sido incluídas pessoas com 60 anos ou mais de idade com diagnóstico de fratura do fêmur, de acordo a 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Resultados: O presente trabalho avaliou os dados secundários registrados no SIVVA-SUS sobre a distribuição das fraturas de fêmur (n=104) decorrente a acidentes por queda, principalmente do mesmo nível, em mulheres (68,4%), residentes na cidade de São Paulo, no período de janeiro a agosto de 2021. As principais vítimas de fratura de fêmur decorrentes a queda acidental foram às mulheres, entre 70 e 74 anos, no próprio domicilio. Conclusão: As fraturas de fêmur são causa conhecida de morbimortalidade na população idosa. Apesar dos incrementos em conhecimento e maior disseminação de informações sobre a prevenção desse evento, são necessárias políticas de saúde voltadas para prevenção desse tipo de trauma, bem como terapêutica adequada à essa população, se fazem constantemente necessárias no intuído de minimizar os diversos danos diante deste cenário preocupante.