Analysis of the Brazilian Medical Education Association on the challenges of Medical Residence in the pandemic of COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.51723/hrj.v1i3.41Keywords:
Medical Residency, Challenges, COVID-19 PandemicAbstract
Para nortear nossas considerações iniciamos pelos pressupostos que norteiam a Residência Médica desde seu reconhecimento:
- É uma formação de pós-graduação;
- É o padrão ouro das especialidades médicas;
- Caracteriza-se como um processo de ensino-aprendizagem em serviço;
- Exige a definição prévia de competências profissionais a serem alcançadas;
- O aprendizado deve ser supervisionado e regularmente avaliado pelo Preceptor;
- A remuneração, na modalidade bolsa de estudos, é essencial para sua existência;
- Todas as normativas que a regulam são de responsabilidade do Ministério da Educação.
Seguimos com algumas considerações relacionadas ao momento da pandemia da COVID19:
- Trata-se de uma crise mundial, de origem sanitária, com repercussões complexas em todos os segmentos da sociedade;
- Devido a sua magnitude, a situação mundial globalizada e o contexto contemporâneo, não há referência no passado tardio que possa nos orientar;
- O processo de aprendizado durante os acontecimentos relacionados a pandemia é acelerado, intermitente, volátil e imprevisível;
- A complexidade de seus impactos e das respostas necessárias ao enfrentamento sinalizam para relações inéditas entre os segmentos da sociedade e as instâncias gestoras.
Cabe destacar ainda o contexto no qual nosso País, e em especial a Residência Médica e seus cenários de atuação, se encontravam no momento de explosão da pandemia:
- Consolidação progressiva da compreensão do caráter educacional da Residência Médica no âmbito da Comissão Nacional de Residência Médica;
- Investimento de recursos humanos e técnicos na (re)definição de competências profissionais específicas para o alcance das metas de formação dos especialistas;
- Capilarização incipiente desta compreensão pedagógica e de seus frutos – a construção das matrizes de competência – entre as Comissões de Residência Médica (COREMEs), instâncias de coordenação dos programas;
- Indefinição de processo de avaliação educacional relacionado à formação com ênfase nas competências;
- Progressiva integração entre políticas públicas de responsabilidade interministerial, especialmente Ministério da Educação e Ministério da Saúde, visando a qualificação da Residência;
- Persistência de “vazios de especialistas” em regiões do país com respectivo incentivo financeiro do Ministério da Saúde para ampliação de vagas em locais e especialidades específicas – ações do Pro Residência;
- Investimento interministerial no desenvolvimento de competências técnicas, pedagógicas e de gestão de preceptores e supervisores;
- Defasagem significativa no valor da bolsa de estudos da Residência Médica;
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