Limites e potencialidades no acolhimento aos usuários em sofrimento mental na atenção primária do Distrito Federal: relato de experiência em uma unidade de saúde
DOI:
https://doi.org/10.51723/hrj.v3i15.394Palavras-chave:
Acolhimento, Atenção Primária, Saúde MentalResumo
O relato de experiência tem como objeto de estudo a organização do Acolhimento aos usuários que apresentam demandas de saúde mental em uma Unidade Básica de Saúde - UBS do Distrito Federal, tendo como objetivo identificar os desafios e potencialidades deste Acolhimento aos usuários na Atenção Primária. A partir de vivências na sala de Acolhimento da UBS, são feitas reflexões acerca de como equipe e serviço se compreendem como um dispositivo de cuidado também em saúde mental. Foi observado que o Acolhimento realizado pelos profissionais consistia em uma espécie de triagem, onde se aferia pressão arterial, se cumpria um protocolo de perguntas e pouco se tinha de escuta qualificada e acolhimento às reais demandas que ali surgiam. Também foi constatado que a maioria dos usuários que apresentavam queixas referentes a sofrimento mental ou que até mesmo choravam durante o Acolhimento, eram orientados a buscarem atendimento na sala do Núcleo Ampliado de Saúde da Família - NASF, sem serem atendidos pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família - ESF. Diante dessas observações também foram levantadas reflexões sobre as problemáticas dos processos de trabalho na UBS que perpassam as dificuldades no Acolhimento, principalmente no que se refere às demandas de saúde mental. Conclui-se, portanto, que a Atenção Primária em Saúde é muito potente na resolução das principais demandas em saúde mental que surgem do território por meio da sua capacidade de intervenção e responsabilização para ampliar a resolutividade da assistência com o apoio do NASF. Contudo, há um caminho a se percorrer de capacitação das equipes visando diminuir a fragmentação dos atendimentos prestados e o fortalecimento da capacidade de vínculo entre equipe e usuários.
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