Projeto Sonhos PositHIVos: Uma Experiência Exitosa
DOI:
https://doi.org/10.51723/hrj.v6i29.660Palavras-chave:
HIV, Qualidade de Vida, Ressocialização, Atenção BásicaResumo
Introdução: O aumento na incidência de casos HIV/Aids demonstrou-se um importante desafio para a Saúde Pública. Nesse cenário a redução de danos e a prevenção se destacaram como estratégias fundamentais para o enfrentamento ao elevado número de casos. Entretanto, com o passar dos anos e o aumento no número de casos, observa-se que as estratégias precisam ser repensadas para que se tornem mais efetivas. Objetivos: Proporcionar atividades de educação em saúde a exemplo de rodas de conversas, oficinas, visitas domiciliares da equipe multiprofissional, para melhorar a capacidade de ressocialização dessa população estigmatizada e a sua qualidade de vida, estreitando laços na relação profissional/usuário. Metodologia: O projeto teve como rotina de trabalho, visitas domiciliares, assim como reuniões em locais alternativos. Nas visitas domiciliares foram realizadas avaliações individuais inclusive a escala visual analógica de dor (EVA) para dimensionar a dor referida pelos usuários, também foram realizadas visitas de acompanhamento por parte da equipe envolvida. Foram realizadas duas reuniões mensais, fortalecendo os vínculos desse público com a equipe envolvida. O projeto ainda contou com a inclusão de terapias integrativas de forma domiciliar e em reunião coletiva com o grupo “Sonhos PositHIVos”, sendo ofertado: musicoterapia, oficinas, dinâmicas, auriculoterapia, atividades laborais, entre outras atividades. Resultados: A amostra que integra o presente estudo foi constituída por 8 indivíduos soropositivos para o HIV, com uma idade média de 49,25 anos (DP=8,21 anos) e oscilando entre 37 e 62 anos. Os participantes pertencentes ao sexo masculino 4 (50%), tinha habilitações literárias ao nível do ensino médio completo 4 (50%), ensino médio incompleto 1 (12,5%) e 3 (37,5%) com ensino fundamental. No que diz respeito às características associadas à infecção por VIH, em particular o comportamento de risco para HIV, a maioria dos participantes refere práticas sexuais inseguras. Em termos globais, 25% dos participantes classificaram a sua saúde como “nem boa nem ruim”; 12,5% classificaram-na como “boa” e 62,5% como “muito boa”. A média da EVA aferida pelas 8 (oito) PVHIV foi de intensidade 7, sendo um valor entre dor severa e muito severa. O resultado expresso após 2 (dois) meses de intervenção, foi de intensidade 3, sendo uma dor considerada leve a moderada. Conclusão: Com o decorrer do projeto os participantes conseguiram obter êxitos, tornando-os capazes de compreender sua própria trajetória. Sendo assim, torna-se importante citar que o projeto “Sonhos PositHIVos” trouxe melhores níveis subjetivos de qualidade de vida, mostrando a importância de se implementar políticas públicas municipais que fortalecem a atenção primária em saúde.
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