Residência em Clínica Médica no Brasil: um estudo demográfico contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.51723/hrj.v4i20.861Palavras-chave:
Clínica Médica. Residência Médica. Análise Demográfica. Distribuição de Médicos.Resumo
A presente pesquisa científica teve como objetivo conhecer as características demográficas das residências em Clínica Médica no Brasil, no ano de 2022. Foi realizado um estudo analítico de delineamento ecológico com quinhentos programas de residência em Clínica Médica, cadastrados no Sistema Informatizado da Comissão Nacional de Residência Médica (SisCNRM) do Ministério da Educação (MEC). Os resultados mostraram que as instituições que ofertam tais programas são, em sua maioria, vinculadas à administração pública. Observou-se uma maior média de médicos residentes em Clínica Médica no Brasil, na região sudeste (16,8) e a menor na região norte (11,2) além de um predomínio nas capitais de todos os Estados (média de 16,57± 12,76). A taxa média brasileira de ocupação para esta especialidade está em torno de 84%, com ociosidade das vagas em torno de 15,88%, considerada pequena quando comparada à média das outras especialidades (29,3%). Os dados permitiram chegar à conclusão de que há predominância na oferta de vagas nas regiões cidades de médio e grande porte, sendo necessário conhecer as causas da ociosidade e estruturar os centros de ensino para formar especialistas em Clínica Médica que atendam às necessidades sociais da população inserida no Sistema Único de Saúde (SUS).
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