Notificações de Violência Interpessoal/Autoprovocada e Apresentação dos Dados Epidemiológicos da Região de Saúde Oeste: Uma abordagem para o Matriciamento
DOI:
https://doi.org/10.51723/hrj.v6i29.652Palavras-chave:
Violência, Notificação, Atenção Primária à SaúdeResumo
Introdução: A violência é reconhecida como um grave problema de saúde pública. Minayo e Souza (1998) a definem como uma ação de intencionalidade realizada por um indivíduo ou grupo que causem prejuízos físicos, sociais ou psicológicos a outrem. A notificação compulsória é uma importante ferramenta de combate à violência e o apoio matricial para essas situações torna-se fundamental, pois a maioria dos profissionais se sentem despreparados quanto ao manejo desta e do usuário. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico da violência interpessoal/autoprovocada da Região de Saúde Oeste, comparando as notificações compulsórias da série histórica de 2015 a 2021, caracterizar a população vítima de violência e apontar a importância da qualificação das fichas de notificações do SINAN, bem como o seu matriciamento. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo do perfil epidemiológico dos casos de violência interpessoal/autoprovocada da Região de Saúde Oeste (SRSOE), no período de 2015 a 2019. As fontes utilizadas para a obtenção dos dados foram as notificações dos casos de violência registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), atualizados até 08/11/2021. O Método do Arco de Maquerez foi a ferramenta utilizada para este estudo, no qual é importante para a aplicação do Método da Problematização. Resultados: Foram estabelecidas cinco etapas: 1) Observação da Realidade: Poucas notificações compulsórias a pessoa em situação de violência registradas pela APS no SINAN; 2) Pontos Chaves: Sabem fazer a notificação? Conhecem o SINAN? Existência de medos e/ou receios? Entendem até que ponto o servidor pode ser envolvido? Sabem da importância da notificação? Tem acesso aos dados epidemiológicos da violência? 3) Teorização: Construção do Boletim epidemiológico para o matriciamento; 4) Hipótese de Solução: Aumentar os números de notificações na APS; 5) Aplicação à Realidade: Execução de uma ou mais das hipóteses de solução, como um retorno do estudo à realidade investigada. Na análise diagnóstica realizada no Boletim Epidemiológico apresentaram variáveis de violência em um documento criado a parte, no formato PDF, com as descrições dos dados pesquisados e discussão dos mesmos. O material está disponibilizado para toda região de saúde Oeste. O processo de matriciamento ainda não foi realizado devido a indisponibilidade de agendas do NUPAV e dos Gerentes das UBS’s. Conclusão: Este trabalho serviu de provocação quanto às notificações de violência, além de levantar discussões do porque é tão pouco o envolvimento da Atenção Primária neste processo, tendo em vista que elas são ordenadoras do cuidado e porta de entrada dos serviços de saúde.
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